Lisbela e o Prisioneiro.

Aaah o cinema nacional...Ás vezes tão perfeito e outra hora tão vulgar. Decidi hoje escrever sobre um dos melhores filmes ( se não o melhor ) do cinema nacional brasileiro. Lisbela e o Prisioneiro é um filme passado no meu amado sertão nordestino e exibido em 2003. Com a direção de Guel Arraes, a comédia romântica é na verdade uma adaptação da peça de teatro homônima de Osman Lins que trata com doçura a vida de Lisbela (Débora Falabella), que é a única filha de um delegado pernambucano e esta de casamento marcado com um nordestino metido a besta quando se apaixona por Leléu (personagem vivido por Selton Mello), que é na verdade um cabra muito raparigueiro e que vaga sem destino através do sertão.Tudo isso dá origem a uma história regada por personagens do cenário nordestino como Inaura: uma mulher sedutora e casada com um pistoleiro ALAGOANO chamado Frederico Evandro (vivido por Marco Nanini), onde ela se apaixona por Leléu que é jurado de morte pelo seu marido e com tudo isso a comédia fica cada vez mais interessante a cada minuto... A sonhadora Lisbela tem o final que tanto quis. O filme é uma delícia, não vou falar que recomendo porque é pouco, assistam tanto pela comédia, ideia de que sonhos ainda são importantes, quanto pela questão cultural. Esse filme vai  mostrar muita coisa boa sobre a minha cultura nordestina (a de que tanto ouvi falar mal aqui no Espírito Santo), assistam e me digam se gostaram.